1900-1986
diplomata japonês
Nascido em Yaotsu, área rural da Província de Gifu a 1 de janeiro de 1900, Sugihara Chiune ( 杉原 千畝 ) foi um diplomata que ocupou o cargo de vice-consul do Império Japonês na Lituânia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele ajudou milhares de refugiados judeus a deixar o país emitindo vistos para que eles pudessem ser aceitos no Japão. A maior parte destes refugiados era proveniente da Polônia ocupada pelos nazistas, e residentes da própria Lituânia.
Sugihara, através de seus vistos, facilitou a fuga de mais de seis mil judeus para o território japonês, arriscando sua carreira e a vida de sua familia. Em 1985, o estado de Israel o condecorou com o título de "Justo Entre As Nações" por seus atos.
O pai de Sugihara queria que o filho fosse médico, como ele. A mãe era descendente de samurais
Chiune Sugihara era o segundo filho entre cinco meninos e uma menina, filhos de Mitsugoro Sugihara, um médico de classe média, e Yatsu Sugihara, descendente de uma familia de samurais.
Em 1912, ele se formou com honra na Escola Furuwatari, sendo aceito na Nagoya Daigo Chukaku ( hoje, Universidade Zuiryo), que combinava ensino médio e superior. Seu pai queria que ele também fosse um médico, mas Sugihara não passou nos exames intencionalmente: na prova de admissão, preencheu apenas e unicamente o seu nome deixando o restante do exame em branco.
Foto dos Sugihara em 1920. Chiune é o do centro, em traje militar. |
Após o fato, Chiune foi aceito na Universidade de Waseda em 1918, onde se formou em Literatura Inglesa. Em 1919, passou nas provas para ingressar no Ministério das Relações Exteriores. Pouco depois foi escolhido pelo Chanceler Ushida Kosai e encaminhado para Harbin, na China, onde estudou russo e alemão e tornou-se especialista em assuntos da Rússia.
O ministro de Negócios Exteriores do Japão Matsuoka Yusuke (1880-1946), ao lado de Adolf Hitler (1889-1945) durante os anos 40. |
Transferido para o Escritório de Relações Exteriores da Manchúria (região do extremo leste da Ásia, que foi controlada pelo Japão entre a Guerra Russo-Japonesa até o fim da Segunda Guerra, quando foi tomada pelos soviéticos), Sugihara tomou parte nas negociações referentes a Estrada de Ferro Norte da Manchúria - cujo domínio foi uma das causas da Guerra Russo-Japonesa em 1905. Ele renunciou ao posto de vice-chanceler da Manchúria em protesto aos maus tratos a população chinesa local.
Enquanto estava em Harbin, Sugihara se converteu ao Cristianismo Ortodoxo e casou-se com uma russa chamada Klaudia Apollonova. Eles se divorciaram em 1935, pouco antes de ele retornar ao Japão, onde se casou com Kikuchi Yukiko, que se tornou Sugihara Yukiko (1913–2008) (杉原幸子) após o casamento. Eles tiveram quatro filhos: Hiroki, Chiaki, Haruki e Nobuki. Chiune Sugihara também serviu no Departamento de Informações do Ministério de Relações Exteriores e foi tradutor legal em Helsinque, Finlândia.
Kikuchi Yukiko, nas mãos de sua mãe Kikuchi Tsuru, junto com seu irmão Shizuo em foto de 1914. |
Familia Sugihara em missão diplomática na Tchecoeslováquia |
Em 1939, foi nomeado vice-consul na Embaixada Japonesa em Kaunas, Lituânia. Entre seus trabalhos estava o de reportar os movimentos das tropas alemãs e soviéticas na região. Ainda teria colaborado com a Inteligência Polonesa (serviço secreto de informações de Segurança Nacional da Polônia), como uma espécie de plano de cooperação Nipo-Polonesa. Depois da retirada dos soviéticos da Lituânia em 1940, muitos refugiados judeus da Polônia e Judeus lituanos tentaram conseguir vistos de saída para o exterior. Sem os vistos, era perigoso viajar e impossivel encontrar países que estivessem dispostos a abrigá-los. Centenas de refugiados foram ao consulado japonês em Kaunas, tentando conseguir um visto de saída para o Japão. O consul holandês Jan Zwartendijk (1896-1976) deu à alguns deles um salvo-conduto para Curaçao, uma ilha do Caribe que era colônia holandesa e não requeria visto para entrada, e para a Guiana Holandesa na América do Sul (que após sua independência do domínio holandês ficou conhecida como Suriname)
Nomura Kishisaburo, ministro de Relações Exteriores do Japão |
Naquele momento, o governo japonês estabelecera que os vistos só poderiam ser emitidos para aqueles que tivessem passado pelos procedimentos apropriados de imigração e tivessem boas condições financeiras. A maioria dos refugiados não preenchiam os critérios estabelecidos. Sugihara entrou em contato três vezes com o chanceler japonês Nomura Kichisaburo (1877-1964), que nas três vezes respondeu que o visto para o Japão só deveria ser fornecido apenas e somente, se a pessoa tivesse um outro visto para outro país, para onde ela seria encaminhada no caso de ser recusada no território japonês.
Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, para onde grande parte dos judeus foram enviados para morrer. |
De 31 de julho a 28 de agosto de 1940, consciente de que os refugiados não estariam seguros se continuassem ali, Sugihara começou a emitir vistos por conta própria após consultar sua familia. Ele ignorou as normas e proveu os judeus com um visto que poderiam utilizar para transitar pelo território japonês por um período de dez dias, em descumprimento direto as ordens de seus superiores. Por ser um funcionário de baixo posto e devido a cultura burocrática da Chancelaria Japonesa, o caso foi considerado um ato extremo de desobediência. Ele convenceu oficiais soviéticos a transportarem estes judeus através do país pela Ferrovia Transiberiana, pelo qual eles cobraram cinco vezes mais o valor normal da passagem.
Sugihara continuou escrevendo vistos a mão, dispensando entre 18 a 20 horas por dia neste trabalho, produzindo em um dia, a quantidade de vistos que normalmente seria produzida em um mês, até o dia 4 de setembro, quando ele teve de deixar seu cargo devido a ordem do governo para que o Consulado fosse fechado.
Consulado de Kaunas, Lituânia, nos anos 40 |
Naquele momento, Sugihara já havia cedido milhares de vistos aos judeus, muitos deles eram vistos de dependentes, que permitiam pessoas levarem suas familias consigo. Na noite anterior marcada para sua partida, Sugihara e sua esposa ficaram acordados emitindo vistos e permissões. De acordo com testemunhas, ele ainda estava escrevendo permissões e vistos enquanto saía do hotel e após embarcar no trem, jogando vistos para uma multidão de refugiados desesperados através da janela do trem, mesmo quando este já havia se colocado em movimento. Como um ultimo ato, papeis em branco que tinham apenas sua assinatura e o selo do consulado (que depois poderiam ser preenchidos como um visto) foram rapidamente preparados e jogados do veiculo. Sugihara imaginou a reação oficial que ocorreria devido aos milhares de vistos que havia emitido. Muitos anos depois ele disse: "Ninguém nunca falou nada sobre isso. Eu me lembro de ter pensado que, na verdade, eles não soubessem ao certo, quantos vistos eu havia feito"
O número total de judeus salvos por Sugihara é incerto, girando em torno de seis a dez mil pessoas. Vistos de familias - que permitiram familias inteiras viajarem com apenas um visto - também foram emitidos, o que geraria um número ainda maior. O Instituto Simon Wiesenthal estima que Chiune Sugihara tenha emitido vistos para seis mil judeus, e que aproximadamente 40 mil descendentes dos judeus refugiados estão vivos hoje por seu ato.
Judeus esperando as portas do Consulado de Kaunas em julho de 1940 |
A Inteligência Polonesa também produziu vistos falsos. A viúva de Sugihara e seu filho mais velho estimam que Chiune tenha salvo a vida de seis mil judeus da morte certa, porém o escritor norte-americano Hillel Levine estima que o número seja maior de dez mil.
Sugihara no Consulado japonês em Konigsberg, Alemanha. |
De acordo com a biografia de Sugihara "In Search of Sugihara" escrita por Levine em 1996, o diplomata japonês teria emitido 3.400 vistos aos judeus de acordo com uma pesquisa feita em documentos oficiais do Ministério de Relações Exteriores do Japão onde teria sido descoberta uma única lista com "2.139 nomes, muitos de poloneses - judeus e não judeus - que receberam vistos entre 9 de julho e 31 de agosto de 1940...a lista não está completa; muitos que receberam vistos de Sugihara, incluindo crianças, não aparecem nela. Calculando pelo número maior, podemos estimar que que ele ajudou mais de dez mil tentarem escapar; aqueles que conseguiram escapar e sobreviver são não mais de mais da metade deste número"
Realmente, muitos judeus que receberam vistos de Sugihara não conseguiram deixar a Lituânia a tempo, foram capturados pelos alemães quando estes invadiram a União Soviética em 22 de junho de 1941 e morreram no Holocausto.
Familia Sugihara, na embaixada de Kaunas em 1939. Da esquerda para a direita aparecem Setsuko, irmã de Yukiko, Chiune, Chiaki, Hiroki e Yukiko. |
Levine descobriu ainda, dois documentos de um arquivo da chancelaria japonesa: o primeiro seria uma nota diplomática escrita em 5 de fevereiro de 1941 por Sugihara para o então chanceler Matsuoka Yusuke (1880-1946), onde Sugihara confirmava ter emitido 1.500 dos 2.132 vistos registrados para Judeus e poloneses; porém, visto que quase todos os nomes dos 2.132 vistos emitidos naquela época, não eram de pessoas com nomes lituanos, isso poderia levar a conclusão que a maior parte destes vistos, na verdade foi dada a estrangeiros, no caso, para judeus poloneses. Outro documento do mesmo arquivo "indica um adicional de 3.448 vistos emitidos em Kaunas, Lituânia de um total de 5.580" que teriam sido dados a judeus desesperados em deixar a Lituânia para um local a salvo no Japão ou na China ocupada. Mais ainda, haviam jesuítas em Vilna que estavam preenchendo papeis com selos e carimbos que Sugihara havia deixado para trás, mesmo muito tempo depois da partida do diplomata, o que significaria que mais judeus poderiam ter escapado usando vistos forjados com o nome de Sugihara.
O prédio do consulado de Kaunas, Lituânia, atualmente. |
Foto da Família Sugihara no Consulado de Kaunas em 1940. A esquerda está Kikuchi Setsuko, irmã de Yukiko que os acompanhou na missão diplomática e morreu em 1947. |
Tadeusz Romer |
Muitos refugiados usaram seus vistos para viajar através da URSS até o porto de Vladivostok, e de lá, tomaram navios até Kobe onde havia uma comunidade de judeus russos. O embaixador polonês em Toquio, Tadeusz Romer (1894-1978) foi o responsável em auxiliá-los no país.
De agosto de 1940 até novembro de 1941 ele se encarregou de receber vistos no Japão, conseguir vistos de asilo para o Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Burma, Certificados de Imigração para o Estado Britânico da Palestina, vistos de Imigração para os EUA e países sul-americanos para mais de dois mil judeus poloneses, lituanos e refugiados, que chegaram em Kobe e no Gueto de Shangai na China, na época território ocupado pelo Japão.
Invasão nazista da Lituânia em 1942. O exército alemão matou mais de 15 mil judeus na operação: cerca de um terço do número total de judeus que moravam na Lituânia. |
Os restantes dos judeus sobreviventes dos atos de Sugihara e Zwartendijk permaneceram no Japão até serem deportados para Shangai, onde também havia uma grande comunidade de judeus. Outros tomaram uma rota mais ao sul e chegaram direto a Shangai sem passar pelo Japão. Mais de 20 mil judeus sobreviveram ao Holocausto vivendo no Gueto de Shangai até a rendição japonesa em 1945.
Apesar da insistência do governo alemão para que o Japão deportasse ou matasse os judeus, o governo protegeu o grupo no ato que ficou conhecido nos anos 70 como o "Plano Fugu" ( 河豚計画 Fugu keikaku )
De acordo com o rabino Marvin Tokayer, autor do livro " O Plano Fugu" a ação teria um motivo hipotético: seria um ato de gratidão pelos $196 milhões que um banqueiro judeu de Nova York, Jacob Schiff (1847-1920) doou ao Japão; esse valor foi fundamental para o país vencer a guerra contra a Rússia em 1905.
Jacob Schiff |
Outra hipótese seria o beneficio do suposto alto poder econômico atribuído aos judeus (idéia vinda de alguns líderes japoneses que haviam lido notas anti-semitas que, de acordo com os nazistas, atribuiam aos judeus um ALTO PODER E RIQUEZA que eles não deveriam ter), esse poder que os judeus teriam seria muito bem vindo pelo império japonês. Finalmente, os líderes judeus afirmavam que o ideal nazista de "raça superior, branca e ariana" excluia os japoneses e que tal como eles, os judeus eram provenientes da Ásia também.
Chiune Sugihara e seu filho Hiroki, em Kaunas, Lituânia. Hiroki viria a morrer súbitamente aos sete anos em 1947 |
Sugihara serviu como Consul Geral em Praga, Tchecoeslováquia de março de 1941 até o fim de 1942, e na embaixada de Bucareste na Romenia de 1942 até 1944. Quando so soviéticos invadiram a Romênia, eles prenderam Sugihara e sua familia em um Campo para Prisioneiros de Guerra por 18 meses. Foram libertados em 1946 e voltaram ao Japão através da URSS, tomando a Ferrovia Transiberiana até o porto de Nakhodka.
Sugihara Chiune, ao lado da sogra Tsuru Kikuchi, quando retornou ao Japão em 1947. |
Em 1947, o Ministério de Negócios do Exterior pediu-lhe para que renunciasse, oficialmente por motivo de redução de custos do pós guerra, Algumas fontes, incluindo sua esposa Yukiko Sugihara, chegaram a alegar que Chiune fora demitido pela Chancelaria devido ao "incidente" da Lituânia.
A família Sugihara em sua casa em Poyana, Romênia, onde se abrigaram devido aos bombardeios aliados em 1942. |
Em outubro de 1991, o Ministério contou a familia de Sugihara que sua demissão foi parte do abalo politico geral pouco depois do fim da Guerra. A Chancelaria publicou em 24 de março de 2006, um relatório mostrando que não havia evidência que o governo tivesse imposto medida disciplinar contra Sugihara, e ainda, que Sugihara foi um dos muitos diplomatas a renunciar voluntariamente, mas seria dificil de confirmar os detalhes de sua renúncia individualmente. O governo japonês honrou a conduta do diplomata durante a guerra, como sendo uma decisão corajosa e humanitária.
Sugihara Chiune e Yukiko, vestidos em trajes tradicionais japoneses em Bucareste, Romênia. |
Sugihara se estabeleceu em Fujisawa, na província de Kanagawa. Para sustentar a familia, realizou uma série de trabalhos menores, chegando a vender lâmpadas de porta em porta. Em 1947 ele sofreu uma tragédia pessoal quando seu filho mais novo morreu aos sete anos.
Depois começou a trabalhar para a empresa US Military Post Exchange, como gerente geral. Usando sua fluência em russo, Sugihara começou a trabalhar na URSS por 16 anos, enviando dinheiro para a familia que ficou no Japão.
Em 1968, Joshua Nishri, um economista que exercia funções para a Embaixada de Israel em Tóquio e um dos beneficiados por Sugihara, finalmente o encontrou e contatou. Nishri era um adolescente polonês nos anos 40. No ano seguinte, Sugihara visitou Israel e foi agraciado pelo governo do país. Os auxiliados por Sugihara então, começaram a pedir a inclusão de Sugihara no Memorial Yad Vashem, orgão responsável pela memória dos mártires e heróis do Holocausto.
Em 1985, Chiune Sugihara recebeu a honraria de Justo Entre As Nações (em hebreu: חסידי אומות העולם , traduzido: Khasidei Umot ha-Olam) pelo Governo do Estado Livre De Israel, porém, por se encontrar muito doente, sua esposa e filho receberam a honra em seu lugar. Sugihara e seus descendentes também foram agraciados com cidadania perpétua israelense.
Sugihara Chiune e o filho Nobuki em 1970, durante visita a Jerusalém. Devido ao ato de seu pai, a Nobuki foi oferecida uma bolsa de estudos integral na Universidade Hebraica. |
No mesmo ano, 45 anos após a invasão Soviética da Lituânia, perguntaram-lhe porque emitira os vistos aos judeus. Sugihara explicou que os refugiados também eram seres humanos, e simplesmente, precisavam de ajuda. Foi desse modo que Sugihara esclareceu a um visitante em sua casa próximo a Baía de Tóquio naquele ano:
“ | Você quer saber minhas razões, não é? Bem, Esse é o tipo de sentimento que qualquer pessoa teria se visse um refugiado cara a cara, implorando com lágrimas em seus olhos. A pessoa não pode ter outra reação a não ser simpatia por eles. Entre os refugiados estavam mulheres e crianças. Eles estavam tão desesperados que chegavam a ponto de beijar os meus sapatos. Sim, eu realmente vi cenas como essas com meus próprios olhos. Então, eu senti naquele momento, que o governo japonês não tinha nenhuma opinião formada em Tóquio. Alguns líderes militares japoneses estavam assustados demais pela pressão dos nazistas; enquanto outros oficiais da Casa Civil estavam simplesmente indiferentes. As pessoas em Tóquio não estavam unidas. Eu achava terrivel ter de lidar com elas. Então eu decidi não mais esperar pelas decisões delas. Eu sabia que certamente, alguém iria me punir no futuro. Mas, comigo mesmo, dentro de mim, eu sabia que era a coisa certa a ser feita. Não há nada de errado em salvar a vida de pessoas...O espirito de humanidade, filantropia, ...boa vizinhança...com esse espirito eu me ergui para fazer o que fiz, sabia que a situação era muito delicada... e por esse mesmo motivo eu segui em frente com uma coragem em dobro | ” |
Imagem de um dos vistos emitidos por Sugihara, que permitiram a fuga de uma familia judaica para Curaçao |
Quando perguntado, o porquê de ter arriscado sua carreira para salvar os outros, ele respondeu utilizando um ditado samurai : "Nenhum homem honrado teria a coragem de matar um pássaro que voa à seu encontro em busca de proteção".
Sugihara morreu no ano seguinte em Kamakura, província de Kanagawa, a 31 de julho de 1986. Apesar da grande repercussão que teve em Israel e outros paises, permaneceu quase que desconhecido no Japão. Apenas quando uma grande delegação judaica com membros vindos de todo o mundo, incluindo o Embaixador de Israel no Japão compareceram a seu funeral, seus vizinhos souberam o que ele havia feito.
Entre as pessoas salvas por Sugihara encontravam-se:
Robert Lewin (1918-2004) colecionador e filantropo
George Zames (1934-1997) físico estudioso do conceito de Regulação
Leo Melamed, presidente da bolsa de Valores de Chicago
Yakov Banai (1920-2009) militante da Guerra de Independência de Israel
Sugihara teve seu nome dado a uma rua em Kaunas e outra em Vilnius, e ao asteróide 25893. Em sua honra foi erguido o Monumento Sugihara Chiune, em Yaotsu, sua cidade natal. e um museu em Kaunas. A conservadora sinagoga Temple Emeth em Chesnut Hill, Newton, estado norte-americano de Massachussets, construiu o Jardim Memorial Sugihara e mantém um concerto que é realizado anualmente em sua homenagem.
Monumento à Sugihara, localizado em Vilnius, capital da Lituânia |
Quando Sugihara Yukiko viajou para Jerusalem em 1998, foi recebida por um grupo de sobreviventes que, emocionados, mostraram-lhe os velhos vistos que seu marido havia assinado. Sugihara teve seu nome dado a um parque em Jerusalém e em 2000, o governo japonês fez uma celebração nacional pelo centenário de seu nascimento.
Escultura de Ramon Velasco para o monumento a Sugihara erguido em 2002. |
Um monumento para Sugihara foi construido na Pequena Tóquio, em Los Angeles, EUA em 2002 com a presença de embaixadores do Japão, Israel e Lituânia, Oficiais da cidade de Los Angeles e Chiuki Sugihara, o último filho ainda vivo do diplomata. O monumento batizado como " Chiune Sugihara, Heróí do Holocausto" retrata a figura de Sugihara em tamanho real, sentado em um banco, segurando um visto em sua mão e acompanhado por uma citação proveniente do segundo texto principal do judaísmo rabinico, depois da biblia hebraica, o Tahmud: "Aquele que salva um, salva o mundo"
Chiune e Yukiko Sugihara à frente de um portão de estacionamento em Kaunas, Lituânia, onde se pode ver uma placa com os dizeres "Não permitimos judeus" |
Sugihara Chiune e sua esposa Yukiko em foto da década de 40. |
Sugihara Chiune ao lado do político Yitzhak Shamir (1915- ), em Tóquio em 1985. Shamir se tornaria Primeiro Ministro de Israel no ano seguinte |
Yukiko Sugihara, esposa de Chiune entre 1936 até o falecimento deste em 1986. Ela faleceu em 8 de outubro de 2008 aos 94 anos. |
Familia Sugihara em Konigsberg, Alemanha |
Memorial Sugihara |
Yukiko Sugihara com colegas de escola durante excursão em 1931 |
Sugihara Yukiko com sobreviventes de Kaunas em 1995 |
Sugihara Yukiko e o diretor norte-americano Steven Spielberg (diretor de A Lista de Schindler), durante jantar do Centro Simon Wiesenthal em Los Angeles em 1995. |
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